após a risada vem as lágrimas.
A intensidade no olhar
O brilho que perdera
Deixou o ato de se odiar
Acabou com a pasmaceira
A máscara do sorriso caiu
Em lágrimas se afogou
Encontrou forças, partiu
Nas lembranças se apegou
Se desfez, virou pó
Apenas existiu, enfim, desistiu
Teve de resistir só
Levantou e caiu, não insistiu
À deriva, acreditou na sorte
Que jeito apático de crer
Inércia é amiga da dona morte
Que patético modo de ser!
Deixando a vida levar,
Até que se viu perdido
Percebeu o erro de se derrotar
Estrago que não pode ser medido
Colocou tudo a perder
Desatou os nós de sua mente
Viu sua vida esmaecer
Acordou para viver o que sente
Imaginou um dia perfeito
Imaginou uma vida perfeita
Então, de imaginar parou
Abriu os olhos, e amou
Amou o que tinha,
O que se tornou
Tudo mudara, pensou
Não temeu, andou
Um passo, saudade
Segundo passo, sanidade
Terceiro passo, integridade
Seguiu em direção à cidade
O brilho retornou
Sua mente viajou
Quer muito voltar
Mas precisa seguir
Entende que o tempo não pára
Aquilo que está feito está feito
O que temia, já não importava
Seu desejo era não ser perfeito.
Escrito por Phelpz Amaral
Fênix Verde | 2019
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